Artigo A Ferrovia Bioceânica Paranaguá Antofagasta e a controvérsia entre o modelo primário exportador e o modelo desenvolvimentista – 2011

O artigo analisa a perspectiva de construção da conexão ferroviária bioceânica entre os portos de Paranaguá e Antofagasta à luz da controvérsia entre dois modelos: o primário-exportador e o desenvolvimentista. O trabalho parte do pressuposto de que não dispomos de teoria espacial capaz de aferir com precisão os impactos econômicos e sociais de investimentos em transportes. Sugere-se que esta lacuna teórica pode ser suprida por análises empíricas, que forneçam elementos para reflexão com base em situações espaciais específicas. Assim, na primeira seção discutem-se, com base em reflexões inspiradas na geografia dos transportes, as relações entre investimentos em transportes e desenvolvimento. Na segunda seção analisa-se, com foco nos transportes, a transição das desconfianças geopolíticas para a noção de integração regional sul-americana. A terceira seção aborda estudo contratado pelo BNDES para avaliar a viabilidade e os principais entraves ao estabelecimento de um corredor ferroviário entre os oceanos Atlântico e Pacífico.